Existem cerca de 10 milhões de mulheres em todo o mundo com implantes mamários, com estimativa recente de mais de 550.000 novos implantes por ano. Apesar de décadas de uso, a segurança a longo prazo é sempre uma preocupação para quem seja o tão sonhado aumento mamário.
Em raríssimos casos, foi comprovada sim a relação da prótese mamária com um tipo de câncer de cápsula mamária - o Linfoma Anaplásico de Células Gigantes (ALCL). Em um estudo de revisão publicado na Revista Plastic and Reconst. Surg., foram diagnosticados até aquele momento 173 casos no mundo, sendo 90% curados somente com a retirada da prótese e da cápsula. Os outros 10% (18 casos) tiveram disseminação extracapsular, sendo 5% (9 casos) fatais. Nenhum caso foi registrado no Brasil.
Como é ALCL é muito raro, incidência estimada de 1 caso para cada 3 milhões, não aparece em estudos epidemiológicos, apenas em artigos de revisão de casos. Sendo assim, fiquem tranquilas pois a segurança da prótese foi comprovada cientificamente há várias décadas. Por exemplo, pesquisadores de Los Angeles, Califórnia, acompanharam 3.182 mulheres com implantes mamários por mais de 14 anos e mostraram que estas pacientes não apresentaram diferença na incidência de câncer de mama, bem como atraso na detecção da lesão. Outros seis grandes estudos epidemiológicos sobre o tema também relataram que o risco de câncer de mama é igual ou inferior à taxa esperada na população geral.