Há tempos a SBCP - Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, vem se posicionando sobre a segurança dos procedimentos realizados e principalmente sobre a certificação dos profissionais e qualidade do atendimento médico oferecidos no país. Entidades representativas dos médicos como a Associação Médica Brasileira (AMB) e Conselho Federal de Medicina (CFM) criaram padrões educacionais que definem o que é especialidade médica. Muitos pacientes, entretanto, vêm sendo enganados por profissionais, muitos inclusive nem médicos são, se intitulam especialistas em Medicina Estética, especialidade que NÃO EXISTE no Brasil.
Infelizmente, a falta de informação é grande, segundo estudo inédito divulgado pela SBCP, 84% dos entrevistados acreditam que "medicina estética" é sim uma especialidade médica, ou seja, homologada pelas entidades de classe.
Já relatei algumas vezes, todas as dificuldades enfrentadas no início da minha formação e residência médica e, que acredito que sim, fizeram parte do meu crescimento profissional e também pessoal. Mas é sempre bom lembrar que um cirurgião plástico precisa estudar 11 anos para ser especialista: são seis anos de medicina, dois anos de especialização em cirurgia geral e mais 3 anos de especialização em cirurgia plástica, parece muito, não? Pois é, esse é o profissional que deve realizar procedimentos estéticos invasivos ou minimamente invasivos.
Existem dois problemas fundamentais na realização de um procedimento com um profissional não certificado: o primeiro é a qualidade do serviço prestado e o outro, sem dúvida, é o risco e a conduta diante das complicações. O que mais preocupa a entidade e a nós, especialistas, que é a segurança. Cirurgia Plástica é um procedimento médico e está sujeito a complicações desde as mais simples até problemas sérios.
Portanto, antes de se submeter a algum procedimento, seja consciente e consulte no site da SBCP e CFM para checar se o profissional é credenciado.