Este e outros termos (hidrolipoclasia, lipo light, mini lipo) foram criados para marketing, tentar confundir os pacientes, como se este procedimento fosse algo novo. A lipoaspiração convencional é hidrolipo há 30 anos, ou seja, feita com infiltração de soro fisiológico da mesma forma. As clínicas de estética anunciam como se o procedimento não tivesse os riscos de uma lipoaspiração usual, sem a necessidade de um ambiente estéril, tratado como um produto de embelezamento não cirúrgico, o que é uma grande mentira.
Se houver algum problema de perfuração nesse procedimento, por exemplo, uma clínica pequena não tem condições de atender a necessidade de uma cirurgia geral. "Atualmente se usa uma dose excessiva de anestésico local e muitas vezes o efeito só passa 12 horas depois. Por isso, o paciente não pode ter alta no mesmo dia", diz Alexandra Assad, da Sociedade Brasileira de Anestesiologia para a reportagem Lipoaspiração em consultório pode colocar vida de pacientes em risco em O Estadao de S. Paulo.
Preocupado com o aumento de complicações associado a exagerada e até vulgarizada divulgação de métodos e produtos relacionados com a medicina estética, o Conselho Federal de Medicina instaurou, em dezembro de 2003, a Câmara Técnica sobre Produtos e Técnicas em Procedimentos Estéticos para discutir os procedimentos que envolvem a estética e a medicina, estabelecendo parâmetros de segurança a serem observados nas cirurgias de lipoaspiração através da Resolução n° 1.711/2003.
Esta Resolução atribui os parâmetros mínimos para a sua realização, entre eles: centro cirúrgico, anestesiologista, cirurgião capacitado... Lipoescultura, hidrolipo, minilipo ou lipo light, como tratam do mesmo procedimento cirúrgico, devem seguir.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, em discussão sobre medidas para aumentar a segurança, afirma que a execução deste procedimento por não cirurgiões plásticos expõe ainda mais o paciente a riscos desnecessários, o que aumenta as chances de operações mal sucedidas. Um levantamento mostrou que 95% dos processos de cirurgias plásticas registrados no CRM de São Paulo foram realizados por médicos sem o título de especialista. A entidade alerta que há um grande número de médicos que se dizem especialistas em cirurgia plástica sem ter o título ou que se dizem "especialistas em medicina estética", uma especialidade que não existe, pois não é reconhecida pelo CFM. Fiquem atentos!
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